Sabemos que existem momentos desafiadores de nossa história de vida e uma delas representa toda energia, expectativas e propósito traduzidas em nosso aspecto laboral, nosso trabalho e entrega que é doada a partir da energia que disponibilizamos para o trabalho em si. Para isso quero refletir junto com você sobre os empregos e desempregos que mobilizam vidas de milhares de líderes e profissionais no mercado de trabalho.
Quantas vezes seguimos recebendo “surpresas” em nossas vidas que na realidade são somatórias de sinais espalhados que se juntam e nos mostram a realidade que teimamos em não ver: Nossa intuição, autoconhecimento e tudo o que temos de recursos poderosos dentro de nós são minimizados pelo automatismo das entregas que “precisamos fazer” dentro e fora das empresas.
A demissão é um evento comum no mundo profissional e pode ter um impacto significativo na saúde mental dos profissionais que passam por ela. Os impactos psicológicos da demissão podem variar de pessoa para pessoa e podem incluir sentimentos de perda, fracasso, inadequação e estresse, podendo afetar diretamente a autoestima.
Penso que muitas vezes as demissões que assolam os “piores” pensamentos e sentimentos refletem nossa própria insatisfação com o que vivemos dentro da organização onde somos funcionários.
O desespero é um sentimento que muitas vezes nos assola em momentos de dificuldade como estes e nos perguntamos: O que fiz de errado? Como pagar minhas dívidas? Como suprir as necessidades de minha família?
Em minha opinião ninguém é demitido! Você deve estar perguntando: como assim?
Este estado de desamparo pode ser resultado da falta de fé e da ausência de consciência em relação aos ensinamentos que a vida nos proporciona.
Quando somos demitidos é comum perdermos o chão e nos sentirmos perdidos. No entanto, é importante compreender que a vida é um processo de constante renovação e que as oportunidades estão sempre ao nosso alcance. Para isso, é preciso esvaziar o que não serve mais em nossa vida, dar espaço para o novo e confiar no processo.
De acordo com a neurociência, nossos pensamentos e emoções são influenciados pelas conexões neurais em nosso cérebro. As lembranças de fatos como estes que levaram a focar na escassez pode ser a alavanca de um sentimento, pensamento, crenças criados já faz muito tempo que podem eclodir novamente a partir de situações similares. Portanto, é possível reprogramar nossa mente para uma perspectiva mais positiva e otimista em relação às adversidades. Existem algumas evidências na neurociência que apoiam a ideia de que é possível “atrofiar” ou reduzir a atividade de certos neurônios através da mudança de comportamentos e pensamentos. Por exemplo , os estudos da neuroplasticidade mostram que é possível reorganizar a estrutura do próprio cérebro, adotando novos comportamentos e reforçando pensamentos positivos. Sei que pode parecer simplista esta afirmação, entretanto é necessário ter disciplina e coragem para desafiar o que está registrado em nossa trajetória de vida.
Entretanto quero continuar minha linha de raciocínio te convidando a transformar um ânimo ligeiramente abalado por uma situação “extrema” como a perda de um emprego, começando por demover a ideia de escassez, pois temos sempre algo diferente e inovador a perseguir.
“Penso que a cada passo dado é em direção a uma nova missão, a um novo desafio. Outras pessoas estão aguardando por sua contribuição e novos aprendizados em um outro lugar”.
Quando pensamos a partir da psicologia positiva, a felicidade nunca depende de eventos externos, pois ela está dentro de nós e isso repercutirá em como lidamos com os desafios que vivemos cotidianamente. Ou seja, não é o que “acontece” mas como se lida com o que acontece!
Nesse sentido, é importante destacar que o autoconhecimento é uma ferramenta poderosa para lidar com as adversidades. A partir do momento em que nos conhecemos melhor, conseguimos identificar nossos pontos fortes e limitações;o que nos permite lidar de forma mais consciente e efetiva com as situações desafiadoras.
A perda do emprego pode ser vista como uma chance de reavaliar nossas escolhas e direcionar nossas energias para algo que esteja mais alinhado com nosso propósito, valores e objetivos. Além disso, pode ser uma oportunidade para praticar resiliência, perseverança e confiança em si.
Porém, é importante ressaltar que essa visão não nega a realidade financeira e prática da perda do emprego. É importante buscar alternativas para suprir as necessidades básicas e se preparar para o mercado de trabalho novamente.
A perda do emprego pode ser utilizada para reavaliar escolhas e ser vista como um momento de reflexão e aprendizado, uma oportunidade para crescer e evoluir em direção ao nosso propósito de vida.
No livro “O Lado Difícil das Situações Difíceis“, escrito pelo empreendedor e investidor norte-americano Ben Horowitz, traz lições valiosas sobre como lidar com as adversidades do mundo empresarial e, por extensão, da vida. Abaixo, seguem dois pontos importantes do livro que quero trazer para ilustrar este assunto:
“As coisas raramente acontecem como você planejou”: o autor defende que a incerteza e a imprevisibilidade são características inerentes ao mundo dos negócios e da vida, e que, portanto, é necessário estar preparado para lidar com as mudanças de planos e com os desafios que surgem no caminho”.
“Os problemas são oportunidades disfarçadas”: Horowitz acredita que os problemas são oportunidades para se aprender e crescer, e que é possível transformá-los em algo positivo se soubermos lidar com eles da maneira certa. (sic:chat gpt)
A partir do momento em que assumimos a responsabilidade pela nossa felicidade, conseguimos transformar as adversidades em oportunidades de crescimento e aprendizado.
A perda do emprego pode ser vista como uma oportunidade para o crescimento e desenvolvimento pessoal.
Nossa vida é um processo contínuo de aprendizado e evolução. A cada experiência em que conseguimos utilizar a Razão, Emoção, Intuição, Sensação (REIS, psicologia transpessoal Vera Saldanha) em um fluxo de energia contínua e incessante, teremos um salto de nível de consciência. Para isso é preciso estar disposto (a) a receber todas as experiências como um novo processo; aceitar os desafios como um novo começo capaz de nos ensinar o melhor que pudermos extrair dos aspectos mais desafiadores que vivemos.
Boa semana!