“Reflexões Profundas: Uma Jornada de Autoconhecimento e Transformação”

Ao aceitar o convite de uma amiga para participar de um retiro de meditação e yoga no feriado, tinha a certeza de que essa jornada se tornaria um mergulho profundo dentro de mim. Com o coração aberto e a mente disposta a explorar os cantos mais obscuros da minha alma, embarquei nessa aventura em busca de autoconhecimento e crescimento pessoal. Desde o primeiro dia, ficou claro que essa experiência seria desafiadora em todos os aspectos. 

No segundo dia, fomos convidados a subir uma montanha e meditar no topo. Apesar do meu joelho estar um pouco estressado, minha determinação em enfrentar esse desafio não vacilou. O líder do retiro, ao ver que eu estava por último andando devagar, perguntou se eu deveria mesmo continuar, pois o grupo já estava bem à frente e eu poderia causar um atraso, além de dever considerar o bem-estar das outras pessoas do grupo.

Neste momento, minha persistência, travestida de teimosia e determinação interior, me impeliram a continuar. Lembro-me de dizer: “Não se preocupe, posso seguir sozinha”, pensando que era capaz de me bastar. Autoilusão!

O percurso mostrou-se bastante desafiador e mesmo assim segui em frente, fortalecida pela convicção de que a jornada é fundamental para nos despertar partes obscuras internas que relutam em se esconder. Eu estava ciente de meus limites e mesmo assim resolvi bancar, o que acabou me levando a uma reflexão sobre a importância de reconhecer nossas limitações e buscar apoio quando necessário. No entanto, naquele contexto específico, não era possível pedir ajuda, pois nesta jornada o importante era que cada um tinha uma única responsabilidade: cuidar de si e de seus medos interiores. Eu queria estar ali com aquelas pessoas incríveis neste desafio. Ao final, percebi que meu ego estava desempenhando o papel da autosuficiência e um pouco de arrogância.

Durante a subida, enfrentei minhas limitações físicas, enquanto tentava acompanhar o ritmo do grupo. A cada passo, me via descobrindo uma força interior e coragem para superar os desafios autoimpostos. 

Chegar ao topo foi apenas um pretexto, pois no final se tornou um momento de absoluta gratidão quando avistei aquele horizonte. Entretanto, o caminho foi desafiador e eu me perguntei várias vezes se deveria estar ali. Descobri que as limitações muitas vezes são joias raras que devemos respeitar e honrar. Desistir não significa uma derrota, e sim a opção de manter a saúde física e mental. Surpreendi-me ao perceber que nunca havia passado por algo similar e que deveria respeitar esta limitação momentânea, apesar de ter desfrutado de tudo o que realmente avistei ser possível desfrutar.

No entanto, a descida revelou novos desafios. As quedas frequentes me mostraram o quanto sou resiliente e otimista. A cada queda, eu ria, me levantava em seguida para não atrapalhar o fluxo das pessoas que estavam descendo, algumas com dificuldade e outras com uma leveza absoluta. 

Apesar de termos como desafio cuidar apenas de nós naquele contexto, com olhares amorosos e de compaixão para quem precisava de apoio, o ensinamento é o mesmo do avião: quando a máscara cair, coloque em primeiro lugar em si para depois apoiar o outro. Minhas quedas, apesar da orientação do mentor do evento, me ensinaram sobre a importância do silêncio, do foco  e permanecer humilde diante das adversidades.

Em uma descida, tropecei em um galho e desci ladeira abaixo. Enquanto descia rapidamente, um dos guias, para evitar mais uma queda, me abraçou e impediu que eu fosse direto para um abismo. Logo após este evento mais crítico, o “mestre” do evento passou à minha frente e, em um ato de compaixão, disponibilizou seu bastão de caminhada, de bambu, como se fosse um corrimão no meio da montanha e serviu de base para meu equilíbrio até o fim.

Em total silêncio, fomos sincronizados nesta jornada e neste passo a passo diante de um abismo de pedras e outro. Minhas reflexões me induziram a colocar em prática o que o mindfulness nos ensina: focar e utilizar o silêncio como refúgio da alma que, com sua luz, nos orienta no caminho.

O fim desta jornada de descida foi mágico, silencioso, guiado pela coerência da escuta empática que ocorre não em palavras, mas em gestos e prática.

Ao concluir essa experiência transformadora, percebi que a jornada não foi apenas uma simples escalada de uma montanha, mas sim uma jornada de autodescoberta e crescimento pessoal. Aprendi lições valiosas sobre perseverança, coragem e gratidão, que levarei comigo em minha vida. 

Essa experiência reforçou minha crença na capacidade humana de se reconhecer e encontrar paz interior, principalmente nos momentos mais adversos. Mais do que nunca, a preparação para enfrentar os desafios da vida com coragem e determinação veio reforçada pela importância cada vez maior de prestar atenção com o olhar para dentro e para fora, sabendo que tudo o que está fora de nós está dentro. Todos os espelhos refletem nossa necessidade de aprimoramento e a humildade de reconhecê-los nos leva além de nossa limitada visão guiada pelo ego. Longe destas amarras, percebo que, apesar do desejo e da experiência por caminhos bem distintos e de mochila nas costas, ali, naquele instante, eu estava conversando com minha maior consciência e não estava fazendo o papel de ser a implacável “tigrona” que sempre habitou os meus maiores receios, disfarçando o medo, pois quando me sentia desafiada por um contexto quase que impossível de ultrapassar, era ele que valia. Uma voz interna sempre me impulsiona a ir além de meus limites, mas naquele momento, eu me senti capaz e não vi nenhum empecilho para desafiar meus medos e receios. Estava pronta e realizada por estar no meio de pessoas que buscavam o mesmo objetivo, que é ampliar a consciência interna. Os meios são particulares e os resultados acontecem de forma entrelaçada e única para cada um.

Se o objetivo era manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo, minha tentativa de manter o pensamento em boas práticas e saber que sou contributiva para a elevação de consciência, começando por mim, me fez entender que ser coerente no falar e agir são fundamentais para estabelecer uma conexão genuína com o  lado mais profundo e saudável que vem nos desígnios da alma. O coração nem sempre está tranquilo, no entanto, quando mantemos o foco e a expressão consciente em busca de uma trajetória sem medo de realizar o que o propósito de vida nos guia, podemos usufruir lindamente do percurso.

Ao concluir essa experiência transformadora, percebi que essa jornada não foi apenas uma simples escalada de uma montanha, mas sim uma jornada de autodescoberta e crescimento pessoal. Aprendi lições valiosas sobre perseverança, coragem e gratidão. Essa experiência reforçou minha crença na capacidade humana de superar desafios e encontrar paz interior, mesmo nos momentos mais difíceis. Compreendi que a jornada em direção à ampliação da consciência é infinita e para mim, este é um percurso que vale a pena explorar com honestidade, olhando para dentro e sentindo a pureza do coração, utilizando o ego como uma ferramenta onde a alma brilha mais.

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