Desafios da Autenticidade: Superando o Medo e Alcançando a Plenitude

Compreender a origem e lidar com o medo é fundamental para desbloquear nosso verdadeiro potencial. O medo muitas vezes provém da desconexão com nossa autenticidade, alimentada por uma sociedade que valoriza certos padrões e suprime a singularidade. Essa batalha interna nos afasta da integração que tanto buscamos, levando-nos a uma existência fragmentada, onde nossas personalidades parecem conflitar umas com as outras. Posso trazer alguns exemplos para ilustrar o que digo:

  • não selecionadaO Executivo(a) que Esconde sua Vulnerabilidade: Este tipo de personalidade fragmentada no mundo executivo pode ser representado por um(a) líder que constantemente esconde suas inseguranças e fraquezas por trás de uma fachada de confiança e autoridade. Ele (a) pode temer que mostrar vulnerabilidade seja interpretado(a) como fraqueza, então opta por manter uma imagem de impenetrabilidade. No entanto, essa falta de autenticidade pode levar a uma desconexão com sua verdadeira essência e dificultar a construção de relacionamentos genuínos com sua equipe.
  • não selecionadaA Executiva que Sacrifica sua Vida Pessoal pela Carreira: Outro exemplo comum de personalidade fragmentada no mundo executivo é a líder que coloca sua carreira acima de tudo, sacrificando sua vida pessoal e emocional no processo. Ela pode estar constantemente sobrecarregada, estressada e desgastada devido à pressão para alcançar o sucesso profissional. Essa desconexão entre suas necessidades pessoais e profissionais pode levar a uma sensação de vazio e insatisfação, resultando em uma personalidade fragmentada.
  • não selecionadaO(A) Executivo (a) que Esconde sua Verdadeira Identidade: Este exemplo representa um (a) líder que se sente compelido(a) a esconder aspectos importantes de sua identidade, como sua orientação sexual, religião ou origem étnica, por medo de discriminação ou preconceito no ambiente de trabalho. Ao esconder partes essenciais de si mesmo, ele (a) vive uma vida dividida entre sua identidade verdadeira e a persona que apresenta no trabalho, o que pode causar conflitos internos e emocionais significativos.

Contudo, podemos refletir sobre os vários aspectos que não nos deixam voar de acordo com nossa essência. O convite para transcender essas barreiras autoimpostas é também um chamado para encarar a vida sem medo, reconhecendo a impermanência das coisas e abraçando todas as nossas facetas. Ao aceitar que somos multifacetados e únicos, nos reconectamos com nosso Eu Verdadeiro, que guia nossas ações em direção à essência mais profunda de nossa existência.

Aqui estão cinco dicas para transcender as barreiras autoimpostas e viver uma vida mais autêntica e sem medo:


a) Pratique a Autoaceitação: Reconheça e aceite todas as suas facetas, incluindo suas fraquezas e imperfeições. Isso permite que você se sinta mais confortável em sua própria pele e reduz o medo de ser julgado(a).
b) Cultive a Consciência Plena: Pratique a atenção plena para estar presente no aqui e agora e observe seus pensamentos e emoções sem julgamento. Isso ajuda a diminuir a ansiedade e o medo do desconhecido.
c) Desafie seus Limites: Saia da zona de conforto e experimente coisas novas. Ao enfrentar seus medos e limitações, você constrói resiliência e confiança em si.
d) Pratique a Empatia: Cultive empatia por si e pelos outros, reconhecendo que todos têm lutas e desafios. Isso ajuda a criar um ambiente de compreensão e apoio mútuo, reduzindo o medo de ser vulnerável.
e) Busque Propósito: Reflita sobre seus valores e paixões e busque atividades e relacionamentos que estejam alinhados com eles. Ter um senso de propósito e significado na vida ajuda a superar o medo e a encontrar satisfação e realização pessoal.

Nossas personalidades, cada uma com sua peculiaridade, são como peças de um quebra-cabeça que compõem a totalidade de quem somos. Ao invés de temê-las ou rejeitá-las, devemos compreendê-las e integrá-las, reconhecendo que todas estão a serviço de nosso Eu superior. Para isso, é necessário coragem, disciplina e um desejo genuíno de autoconhecimento. É um convite para nos libertarmos das amarras das convenções sociais e do ego e nos permitirmos ser verdadeiros e autênticos.

Ao reconhecer e abraçar todas as nossas personalidades, permitimos que elas sejam amigas umas das outras, em vez de adversárias. Nessa integração, encontramos não apenas nossa verdadeira beleza interior, mas também paz, plenitude e harmonia. Um exemplo de reconhecer e abraçar todas as nossas personalidades é quando uma pessoa identifica e aceita tanto seus traços extrovertidos quanto introvertidos. Em vez de ver esses aspectos como opostos ou conflitantes, ela os reconhece como partes igualmente válidas de quem ela é. Ao permitir que essas personalidades coexistam e se complementem, ela se torna mais autêntica e integrada. Por exemplo, em situações sociais, ela pode desfrutar de interações animadas e energéticas e também valorizar momentos de tranquilidade e reflexão. Essa aceitação de todas as suas facetas traz uma sensação de paz interior e harmonia consigo mesma.

Entretanto, essa jornada de autoconhecimento é desafiadora. É um caminho que nos confronta com nossos maiores medos e nos leva a explorar o desconhecido. É através desse enfrentamento que encontramos a verdadeira liberdade e realização. Como líderes, é essencial que nos questionemos sobre o significado de nossa presença e o impacto que causamos nas pessoas ao nosso redor. Nosso papel não é apenas liderar, mas também inspirar e apoiar outros a despertarem para seu propósito de vida. 

Concluindo, ao entendermos profundamente a nós mesmos e ao cultivarmos compaixão pelos outros, podemos genuinamente nos tornar quem realmente somos e alcançar a plenitude em nossa jornada pessoal.

Nota: inspirada na teoria de Fábio Novo e na  teoria das partes Richard Schuartz