A liderança humanizada e conectora está sendo constantemente convidada a estar próxima de sua equipe, e para tanto, há a necessidade de se blindar contra situações embaraçosas que estejam ligadas às suas fraquezas e tendências sabotadoras, as quais são nutridas por crenças limitantes.
No mundo complexo e dinâmico dos negócios, a liderança que incorpora o equilíbrio e a força do autoconhecimento desempenha um papel fundamental em estabilizar situações de alta tensão e desafios. Ao fazer isso, essa liderança consegue atrair aliados e parceiros, gerando um universo de possibilidades que estão além do alcance daqueles que se prendem aos problemas em vez de focar nas soluções. No entanto, liderar não se limita apenas a tomar decisões estratégicas e gerenciar equipes; também envolve a habilidade de se relacionar e conectar com as pessoas ao seu redor.
À medida que os líderes ascendem nas hierarquias corporativas, muitas vezes se encontram em contato com uma variedade de personalidades, algumas das quais podem irradiar uma influência contraproducente.
Neste artigo, exploro a importância de se curar e se desconectar de energias tóxicas enquanto lidera empresas. Reflito como os líderes podem se fortalecer internamente, desenvolver resiliência emocional e criar um ambiente saudável para suas equipes
À medida que os líderes progridem em suas carreiras dentro da organização, é uma realidade comum que se encontrem em situações onde interagem com indivíduos cuja autoestima possa estar fragilizada. Essas pessoas, movidas por inseguranças internas e uma necessidade profunda de validação, frequentemente buscam demonstrar seu valor ao minimizar o mérito dos outros.
Esse fenômeno é muitas vezes uma manifestação da necessidade de autoafirmação. Esses indivíduos sentem a urgência de se sobrepor aos demais para estabelecerem uma sensação de superioridade. Essa busca por reconhecimento e validação pode se manifestar de maneira agressiva e desproporcional, à medida que tentam compensar suas próprias inseguranças e incertezas.
No entanto, é importante ressaltar que esse comportamento não reflete apenas um desejo de poder ou controle, mas também é enraizado em uma necessidade profunda de serem vistos, valorizados e aceitos. Portanto, quando líderes encontram tais indivíduos em suas jornadas de liderança, é uma oportunidade para cultivar um ambiente que promova a valorização pessoal e o desenvolvimento individual.
Líderes empáticos podem adotar abordagens que permitam a expressão saudável dessas necessidades subjacentes. Oferecer oportunidades de reconhecimento, incentivar a participação colaborativa e criar um ambiente onde cada indivíduo se sinta valorizado pode atenuar a tendência de se sobrepor de maneira agressiva. Ao fazer isso, os líderes podem desempenhar um papel fundamental na construção de equipes mais coesas, onde a competição saudável se traduz em motivação positiva e crescimento pessoal.
O comportamento contraproducente pode se manifestar de várias formas, desde o pessimismo constante até a manipulação sutil ou aberta. A exposição frequente a tais energias podem minar a confiança, prejudicar a moral da equipe e, em última instância, afetar o desempenho da empresa. Além disso, é possível que os líderes absorvam inconscientemente essas energias, o que pode levar a um declínio em sua própria saúde mental e emocional.
A cura interna é essencial para qualquer líder que deseje lidar eficazmente com energias tóxicas. Antes de poder guiar sua equipe para o sucesso, um líder deve primeiro olhar para dentro e cultivar um estado mental e emocional saudável. Isso envolve autoconsciência, autogerenciamento e práticas regulares de autocuidado. O exercício físico, a prática do estado de presença, a mentoria e outras atividades podem apoiar os líderes a fortalecer sua resiliência emocional, permitindo-lhes enfrentar as energias tóxicas sem serem drenados por elas.
Para ser um líder consciente é essencial liderar a partir de um estado de presença e equilíbrio pessoal. Para se desconectar das energias tóxicas que possam encontrar, te convido a refletir sobre alguns comportamentos importante
Definir limites saudáveis é fundamental. Isso pode incluir a criação de políticas de comunicação respeitosas e a promoção de um ambiente onde a negatividade não seja tolerada.
É crucial entender que, ao reconhecer os erros rapidamente, a equipe pode aprender e adaptar-se mais eficazmente. Corrigir com o apoio de todos envolvidos significa que a colaboração é valorizada, e os insights e perspectivas de cada membro são aproveitados para aprimorar as soluções existentes.
Focar nas soluções em vez de fixar-se nos erros é uma abordagem construtiva que permite à equipe manter uma mentalidade positiva e proativa. Isso não apenas ajuda a evitar a repetição dos mesmos erros, mas também fortalece a capacidade de resolver problemas de maneira criativa e eficiente.
Portanto, a combinação de avaliação cuidadosa dos problemas, agilidade na busca de soluções e a promoção de um ambiente de aprendizado colaborativo contribui para o crescimento da equipe e para a consecução dos objetivos da empresa.
Não significa deixar de olhar atentamente para os problemas e também não implica em negligenciar a importância de direcionar soluções com agilidade. A abordagem de “errar mais e errar rápido” não se trata de buscar erros deliberadamente, mas sim de reconhecer que o processo de tentativa e erro muitas vezes é inerente ao desenvolvimento e à inovação.
E por último sugiro ter um grupo de colegas confiáveis ou mentores fora do ambiente de trabalho pode oferecer um espaço para ganhar uma nova perspectiva a respeito dos dilemas que enfrenta.
Quando somos capazes de nos perceber diante dos contextos e dos dilemas da vida de forma equilibrada conseguimos também ter um olhar empático para com as pessoas e ao se colocar no lugar dos outros, os líderes podem entender melhor a origem das energias tóxicas e responder de maneira mais compassiva.
Liderar dentro de uma empresa é uma tarefa complexa que vai além da gestão de tarefas e estratégias. Envolve a criação de um ambiente positivo e produtivo, e isso requer que os líderes curem a si antes de curarem suas equipes. Ao desenvolver a autocompaixão, a resiliência emocional e as estratégias para desconectar-se das energias tóxicas, os líderes podem criar uma cultura organizacional saudável que promove a inovação, a colaboração e o sucesso a longo prazo.
Assim, será possível ousar e lançar-se em propostas inovadoras que nem sempre foram testadas, adquirindo a sabedoria necessária para lidar com frustrações e contando com pessoas e equipes que possuam o equilíbrio necessário para ousar novas ideias. Juntos, poderão encontrar soluções igualmente inovadoras.